DESTINOS
Por caminhos bem temperados descobrimos pedaços de história a cada passoEste mês descubra…
A rede de Muralhas e Castelos do Mondego
Antes de existir Portugal, antes sequer de D. Afonso I, antes da completa reconquista do território, já a região de Coimbra, entre os rios Douro e Mondego, era um local de magna importância em termos políticos, geográficos e religiosos. Esta região separava os reinos de Leão e Castela do Emirado de Córdova. Era, portanto, uma zona de fronteira entre os reinos cristãos e o mundo muçulmano, era uma plataforma de lançamento para a reconquista do território e, durante longos anos, foi um território onde a cultura europeia e árabe se mesclou. D. Sesnando, uma das figuras míticas da história de Portugal, foi o zénite dessa confluência de culturas. Moçárabe, provavelmente nascido em Tentúgal, foi educado em Córdova e fez parte do círculo próximo do rei de Sevilha. Depois regressou a terras cristãs onde serviu o rei Fernando I de Leão e o rei Afonso VI. A linha defensiva do Mondego cresce e fortifica-se graças ao pensamento deste homem excecional. A sua visão estratégica criou os alicerces dos monumentos que teremos agora a oportunidade de visitar. Nós e a rede de Castelos e Muralhas do Mondego convidamo-lo a partir nesta viagem por Coimbra, Montemor-o-Velho, Figueira-da-Foz, Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Rabaçal, Pombal, Soure, Ansião e Condeixa-a-Nova. Não há motivos para alarme. Estarão seguros por detrás destas muralhas.
Torre de Almedina
Castelo da Lousã
Castelo de Miranda do Corvo
Castelo de Penela
Castelo do Germanelo
Complexo Monumental de Santiago da Guarga
Castelo de Pombal
Paço da Ega
Castelo de Soure
Castelo de Montemor-o-Velho
Torre e Forte de Buarcos
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Torre de Almedina
Coimbra era o ponto fulcral de todo o sistema defensivo, a metrópole que necessitava de ser defendida pois era a linha avançada da fronteira entre o reino cristão e o território controlado pelos muçulmanos
Após a reconquista de Coimbra por Fernando I, a região é doada a D. Sesnando, importante moçárabe e conselheiro real. Crê-se que D. Sesnando tratou de erguer um castelo para defesa da população e da fronteira.
No início, o castelo não teria tantas torres. D. Afonso Henriques reforçou o castelo e dotou-o de uma torre de menagem quando tornou Coimbra capital. D. Sancho I ergueu outra em 1198, denominada Torre Quinária, e também conhecida como Torre de Hércules, de perfil pentagonal. D. Fernando de Portugal dotou-o de mais torres, porta, fosso e barbacã. Nos seus tempos áureos a muralha contava com 5 portas, a de Almedina, Belcouce, da Traição, do Sol e a Porta Nova. E várias torres, entre as quais, claro está, a de Almedina, uma das mais importantes.
Coimbra foi capital de Portugal até D. Afonso III a mudar para Lisboa. Mas manteve sempre a sua importância estratégica e territorial.
O Castelo propriamente dito sobreviveu até ao século XVIII altura em que se pensou em colocar um observatório astronómico para a Universidade de Coimbra. O Castelo foi demolido e as obras do Observatório acabaram por não serem concluídas.
Hoje em dia a Universidade de Coimbra continua a ser um dos pontos de interesse da cidade, assim como a Torre de Almedina. É um local de passagem obrigatório para quem visita a cidade, com milhares de turistas a passarem todos os anos pela sua porta. Lá dentro está instalado o Núcleo da Cidade Muralhada de Coimbra, um centro interpretativo onde se pode perceber melhor esta cidade medieval, a sua história e as alterações sofridas ao longo dos séculos. Ouviu o sino? Vá ver por que razão toca.
Informações úteis
Morada: R. do Arco Almedina – Coimbra GPS: 40º 12′ 31.39” N | 8º 25′ 43.49”W Visitas: De terça-feira a sábado das 10h00 – 13h00 / 14h00 – 18h00 Encerra: Segundas e DomingosMais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Castelo da Lousã
Na margem direita da Ribeira de São João foi erigido um castelo envolto em lendas. É preciso percorrer uma estrada sinuosa por entre árvores de ramos pendentes até chegar à pequena e imponente construção militar.
Este castelo, construído em alvenaria de xisto, foi conhecido, até ao século XVI, como Castelo de Arouce, devido ao rio que por ali passa. A torre de menagem é a estrutura mais visível, mas destacamos, igualmente, os merlões chanfrados e os dois cubelos semicirculares que flanqueiam o portão que dá acesso ao pequeno pátio de armas.
Após a reconquista de Coimbra, D. Sesnando recebeu a incumbência da governação e defesa do território. Crê-se que, na Lousã, encontrou uma fortificação anterior que mandou reedificar. Com o melhoramento do castelo promoveu, também, o povoamento dessa região. Mais tarde, recebe carta de foral de D. Afonso Henriques, em 1151.
Durante o século XX o castelo de Lousã foi alvo de intervenção de restauro e conservação tendo chegado até nós com uma imagem diferente do que seria na altura de D. Sesnando, mas que se enquadra perfeitamente na floresta que o envolve.
Circundamos as muralhas em silêncio. Infelizmente não é possível visitar o interior devido à queda de parte das escadas que nos levam até ao caminho de ronda. Em breve voltará a receber visitantes. Por enquanto contentamo-nos em admirar a sua beleza medieval.
Informações úteis Morada: Localizado a 2 km da Vila da Lousã, num morro escarpado na margem direita do rio Arunce. GPS: 40º 06′ 3.62” N/8º 14′ 06.55”W Visitas: O Castelo encontra-se encerrado Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Antigo Castelo de Miranda do Corvo
Miranda do Corvo tem um castelo? Tem, ou melhor, teve uma pequena fortificação da qual subsistiu a torre de canto, que foi posteriormente transformada em torre sineira. A torre encontra-se ao lado da Igreja Matriz, num local requalificado e bastante aprazível, com vista panorâmica sobre a vila.
Miranda do Corvo ficava situada junto a importantes vias de comunicação. Pensa-se que, antes da construção do Castelo, já deveria existir uma torre no concelho, para controlo dessa rota, e antes disso existiriam construções de defesa e vigia.
Os trabalhos arqueológicos neste local desvendaram um conjunto de 22 sepulturas escavadas na rocha o que revela que este espaço foi utilizado como necrópole desde há, pelo menos, 900 anos.
Em 1136, D. Afonso Henriques outorga carta de Foral a Miranda do Corvo e a vila foi crescendo em torno da fortaleza, servindo de escudo protector à cidade de Coimbra.
Ao longo dos anos o castelo foi perdendo importância chegando a um estado de ruínas, ao ponto das suas pedras serem utilizadas para construção de casas pela população, da construção da igreja ou da ponte do Corvo no início do século XIX.
Informações úteis Morada: Situado num morro junto ao centro da vila de Mirando do Corvo. GPS: 40º05´35.112″ N/08º20´5.722″” W. Visitas: A Torre Sineira encontra-se encerrada para obras. Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Castelo de Penela
Coimbra teria que ser protegida por todos os flancos para evitar a perda da importante praça para mãos do inimigo. Para isso foi edificado uma cerca acastelada na estrada que ligava o baixo Mondego a Pombal e a Santarém.
D. Sesnando criou condições para que o novo lugarejo fosse povoado e começou a construção da estrutura militar. Dos primeiros povoadores restam três sepulturas e reminiscências de habitações na parte exterior às muralhas.
O Castelo de Penela, com uma vista privilegiada sobre a serra da Lousã e sobre a serra do Sicó, e a própria localidade receberam foral de D. Afonso Henriques, em 1137. O Infante D. Pedro, duque de Coimbra reformulou o espaço e durante o século XX recebeu obras de conservação.
Quem chega pela primeira vez, é inundado pela imponência e a majestosidade do monumento. Percorra as estreitas ruas da vila, pontuadas ocasionalmente pelas simpáticas gentes que ali habitam, e leve o seu tempo a apreciar a beleza desta região.
Informações úteis Morada: Rua do Castelo,nº 5 – Penela GPS: 40º01´52.572″ N/08º23´23.971″W. Visitas: Das 8 às 21h de Abril a Setembro | Das 8 às 19h de Outubro a Março Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Castelo do Germanelo
Na perspectiva de D. Afonso Henriques havia uma falha na defesa de Coimbra. A distância entre os castelos de Penela e de Soure era demasiado grande e o inimigo podia explorar essa lacuna. Assim, por volta de 1142, decide construir o castelo do Germanelo, estrategicamente colocado para a defesa e o controlo de um dos principais acessos a Coimbra.
Esta estrutura está localizada a 367 metros, com vista sobre o vale do rabaçal. Daqui é, inclusive, possível vislumbrar a linha seguida pela velha estrada romana.
Actualmente o castelo está totalmente em ruínas, é visível, apenas, parte de uma muralha com ameias, que foi uma reconstrução recente por iniciativa de Salvador Dias Arnaut. Para aqui chegar é preciso subir o monte a pé ou de bicicleta de montanha. Existe, aliás, um percurso demarcado que o irá guiar através da fauna e flora e que pode ir apreciando à medida que vai subindo.
Lá em cima, um passadiço de madeira permite-nos circular à vontade. Um painel informativo colocado sobre o vale oferece-nos uma leitura do território envolvente. O vento, que por vezes se faz sentir nestes dias de inverno faz-nos subir as golas do casaco. Conseguimos pôr-nos na pele dos soldados que mantinham a vigia nesta atalaia. É, de facto, uma vista incrível…
Informações úteis Morada: Localizado junto à vila do Rabaçal. GPS: 40º01´34.699″ N/08º25´49.656 W. Visitas: Edificado sem restrição de acesso. Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Complexo Monumental de Santiago da Guarda
Perto de Pombal, mais propriamente no concelho de Ansião, situa-se o Complexo Monumental de Santiago da Guarda. Santiago da Guarda é uma terra conhecida pelo seu mercado quinhentista, evento que chama muitas pessoas todos os anos. Mas a origem deste lugar é bem mais antiga do que isso. Remonta, pelo menos, à época romana.
Aproveite as visitas guiadas e viaje no tempo até perto da queda do Império Romano. Logo na entrada vemos os mosaicos riquíssimos, descobertos já neste último milénio. Por baixo, foi devolvida à superfície parte do chão de uma sala. A extensão da propriedade, o nível de detalhe na decoração e a qualidade das estruturas de lazer dão a perceber que aqui deveria residir uma família importante.
A passagem do tempo fez com que a vila romana desaparece-se e, no seu lugar, fosse erguida uma torre militar. O que vemos é uma torre edificada no tempo medieval, mas recuperada mais tarde, na altura em que foi edificado o Paço. Lá de cima vemos as serras que nos cercam, o verde da floresta e toda a pequena localidade que nos recebe de braços abertos.
As características únicas deste monumento não se ficam pela arquitectura manuelina. É possível observar o símbolo de uma vieira, símbolo dos peregrinos de Santiago. O nome do complexo monumental não é por acaso. Este edifício situava-se numa das rotas até Santiago de Compostela, caminho de peregrinação.
No final da visita aproveite para explorar os sabores da região presentes na loja. Viemos até cá por causa da linha Defensiva do Mondego, mas acabámos por descobrir uma história bem mais antiga. Haveremos de voltar. Volte você também.
Informações úteis Morada: Rua Condes de Castelo Melhor, Santiago da Guarda – Ansião GPS: 39°56’52.86″N | 8°28’50.52″W Visitas: Verão: Terça a Sexta 09h30/13h00 – 14h00/18h30 | Sábado e Domingo 14h00/18h30 Inverno: Terça a Sexta 09h00/12h30 – 14h00/17h30 |Sábado e Domingo 14h00/17h30 Encerra às Segundas Mais Informações: descubra-ansiao.com
Castelo de Pombal
No alto da cidade de Pombal ergue-se o castelo com o mesmo nome. Foi construído por Gualdim Pais, mestre dos Templários em Portugal, no tempo de D. Afonso Henriques. Foi o próprio Gualdim que lhe deu carta de foral em 1174. No interior foram erguidas várias construções essenciais à vida dos cavaleiros templários.
Anteriormente deverá ter sido uma antiga fortificação romana, posteriormente ocupada pelos muçulmanos. Após a conquista da região, Gualdim Pais ergueu um castelo amplo, de nove torreões, que serviria de guarda avançada da cidade de Coimbra.
Em 1317 foi transferido para a Ordem de Cristo, por extinção dos templários decretada por Roma, mas continuou a manter a sua importância. Pombal foi palco das pazes proclamadas pelo rei D. Dinis e pelo seu filho D. Afonso III e celebradas na Igreja de São Martinho. No século XV o castelo foi doado à família Vasconcelos e Sousa, futuros condes de Castelo Melhor, pelo rei D. João II, mantendo-se nessa família até 1834.
O castelo está agora aberto ao público, para ser explorado e descoberto. Poderá antes da visita visualizar um filme em 3D sobre a história do Castelo e Pombal. No final da visita e para recuperar as forças sente-se na esplanada do café e aprecie a envolvente mata do Castelo e a magnifica vista sobre a cidade. Aproveite para visitar a zona histórica, agora recuperada e com uma variada oferta de Espaços Culturais (Museu Marquês de Pombal, Museu Nacional de Arte Popular Portuguesa).
Informações úteis Morada: Rua da Encosta do Castelo – Pombal GPS: 39°56’52.86″N | 8°28’50.52″W Visitas: Inverno 10h00-13h00 14h00-17h00 | Verão 10h00-13h00 14h00-19h00 Encerra à segunda-feira e feriados de 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro. Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Paço da Ega
No alto da colina da aldeia de Ega, no concelho de Condeixa-a-Nova, ergue-se o Paço da Ega. Este espaço foi construído sobre as ruinas de um primitivo castelo mandado edificar pela ordem templária no século XII/XIII. No local deveria existir uma antiga fortaleza mourisca que acabou por ser conquistada por D. Afonso Henriques e posteriormente doada por sua mãe à ordem.
Em 1508, os visitadores da Ordem de Cristo (criada por D. Dinis a partir da extinta Ordem dos Templários), encontraram o edifício num avançado estado de degradação e ordenaram trabalhos de recuperação que transformaram o espaço. Ainda hoje subsistem alguns pormenores tipicamente manuelinos.
O Paço da Ega passou por várias mãos, tendo sido, inclusive, habitação do Comendador. No século XX foi comprado pelo professor Falcão que ali instalou duas salas de aulas para o ensino primário que subsistiram até aos anos 30.
Depois ficou entregue ao abandono até que, recentemente, sofreu obras de requalificação e restauro que transformaram o espaço em turismo de habitação e devolveram a este grandioso edifício o esplendor de outrora.
Informações úteis Morada: Paço da Ega, Ega – Condeixa-a-Nova GPS: 40°5’41.38″N | -8°32’13.37″W Visitas: sob marcação +351 239 941 341 Mais Informações: paco-da-ega.com
Castelo de Soure
O Castelo de Soure é um dos poucos exemplos em Portugal de estruturas militares hoje edificadas em terreno plano. Foi mandado construir por D. Senando na confluência de dois rios: o Anços e o Arunca. Estes formavam uma barreira natural aos invasores, uma espécie de fosso que ajudava a controlar aquela área. Para proteger a população e o caminho que ligava a Coimbra, foi erigido esta estrutura da qual hoje restam alguns panos de muralha.
Soure recebe carta foral do Conde D. Henrique e sua esposa, D. Teresa, em 1111. Foi posteriormente doado à ordem templária por D. Teresa e confirmado por seu filho, D. Afonso Henriques, futuro rei de Portugal. D. Gualdim Pais, líder dos cavaleiros templários em Portugal, reformulou a estrutura e tornou Soure como a primeira sede da ordem.
Do Castelo subsistem duas torres, o pátio de armas resguardado por um portão metálico e parte das muralhas. Hoje está entre construções mais recentes, preservando-se ainda nas imediações o sítio arqueológico da Igreja da Nossa Senhora da Finisterra e uma necrópole rupestre, que deu origem à criação do Centro Interpretativo do Espaço Muralhado de Soure onde encontrará a breve trecho a identificação da verdadeira extensão do perímetro muralhado do castelo de Soure. Ali perto foi colocado um centro interpretativo onde se realizarão exposições temporárias.
Do outro lado da estrada começa um amplo parque de lazer. As águas do rio correm céleres tal como os habitantes de Soure que aproveitam a pista pedonal para praticarem desporto. Um parque infantil e árvores majestosas completam o cenário.
Informações úteis Morada: Rua Alexandre Herculano, Largo do Castelo, Largo do Adro – Soure GPS: 40°03’25.748″N | 8°37’34.207″W Visitas: Das 09h00 – 12h30 14h00 – 17h30 | Sábado 09h00 – 15h00
Encerra: Sábados véspera de Páscoa, Natal e Ano Novo Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt
Castelo de Montemor-o-Velho
A cidade de Coimbra estaria sob ameaça, não só das investidas almorávidas vindas por terra como de ataques vindos da costa.
A posição estratégica de Montemor-o-Velho era percebida tanto pelas forças cristãs como pelas muçulmanas. A fortaleza tem, aliás, origem muçulmana, denominada Montmayur, uma poderosa praça que foi tomada pelas forças de D. Fernando I aquando da reconquista de Coimbra.
D. Sesnando remodelou, então, a fortaleza para melhor proteger a sede do território que lhe foi confiado. Apesar disso continuou a ser bastante disputada pelas duas forças.
Montemor-o-Velho, recebe carta de povoação por parte de D. Raimundo em 1095 e mais tarde, já em 1212, recebe carta de foral de D. Teresa, filha de D. Sancho I e senhora da vila.
No final do século XII, princípio do seculo XIII é erguida a torre de menagem e o alambor. Grande parte da vila ficava no interior das muralhas permitindo uma melhor protecção da população.
A importância de Montemor foi sempre evidente ao longo dos séculos. Foi palco do conflito entre D. Sancho II e D. Afonso III, do conflito entre D. Afonso IV e o seu pai D. Dinis e foi aqui que Inês de Castro foi julgada por D. Afonso IV, tal como está descrito no Roteiro Pedro & Inês.
A partir das muralhas podem ser observados os campos de cultivo e as cegonhas a voar nos céus. Ali perto está situada a vila de Tentúgal, o local que, provavelmente, viu nascer uma das figuras mais importantes da história de Portugal, D. Sesnando. Agora, o que chama as pessoas são os pastéis de Tentúgal, apreciados por todos os que passam por aqui.
Informações úteis
Morada: Rua de Coimbra – Montemor-o-Velho GPS: 40°10’30.037″N | 8°41’1.771″W Visitas: Horário de Inverno (16 de setembro a 14 de junho): 10h às 18h | Horário de verão (15 de junho a 15 de setembro): 10h às 20h Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.ptTorre e Fortaleza de Buarcos
A brisa marítima rodeia-nos, o cheiro a sal, a areia, o som das ondas a quebrarem-se e o sol por cima das nossas cabeças preenchem a tela que é a costa da Figueira da Foz. O perigo que se nos apresenta à frente é praticamente nulo, contudo, na época de D. Sesnando, os ataques ao seu território poderiam vir, tanto por terra, como por mar.
Era fácil desembarcar na enseada de Buarcos pelo que houve sempre necessidade de construir estruturas de defesa. Já deveriam existir torres atalaias e defensivas desde a época de D. Sesnando. Dessas Torres seria certamente a chamada Torre ou Castelo de Redondos, hoje reduzida a um cunhal no cimo do lugar de Buarcos.
A Fortaleza de Buarcos foi pensada e erguida bem mais recentemente, entre os séculos XVI e XVII. Fazia parte de um sistema de protecção da enseada com apoio do Fortim de Palheiros e do Forte de Santa Catarina.
Esta frente abaluartada é composta por um troço de muralha intervalado por três baluartes: o Baluarte da Nazaré, o Baluarte do Rosário e o Baluarte de São Pedro.
O mar, anteriormente fonte de perigos como piratas, corsários e invasões de tropas inimigas, é hoje um pólo turístico sem igual. O areal estende-se até se perder de vista e, com a temperatura adequada, é impossível resistir ao seu chamamento.
Informações úteis
Morada: Rua 5 de Outubro, Buarcos – Figueira da Foz GPS: 40°09’51.093″N | 8°52’45.871″W Visitas: Edificado sem restrição de acesso. Mais Informações: www.castelosemuralhasdomondego.pt