10630616_10203659890930877_8992891084941310597_oPadre João Torres

Paróquia de São Tiago de Priscos | Organização do Presépio Vivo de Priscos

 

 

O presépio continua a ser um dos principais símbolos do Natal em todo o mundo, e Portugal não perde de vista a tradição. Este é o 9º ano consecutivo e não temos dúvidas em dizer que o maior presépio ao vivo da Europa e um dos maiores do mundo está em terras lusas, em Priscos, no norte do país. É o maior evento temático de Natal com entrada gratuita no mundo.

O Presépio ao Vivo de Priscos é uma viagem ao tempo de Jesus para compreender mais do que olhar. É um a amassar o presente mais do que recordar um passado. É deixar o divino nos tornar grávidos d’Ele como se tudo voltasse a ser como dantes… O desejo profundo de cada uma das edições do Presépio é reduzir ou eliminar aquelas distâncias que representam uma real ameaça para o isolamento e solidão de cada membro da nossa comunidade. Sendo assim, objetivo principal é criar uma corrente de “relações” que levem à comunhão entre todos. Se em cada edição atingirmos uma pessoa, uma que seja, lhe trouxermos qualquer ajuda, nem que seja por um momento, considero que atingimos a essência dos objetivo…

A verdadeira estrela deste presépio é a Gruta, com  mais  de 10 metros de largura e  com as figuras bíblicas de Maria, José, o menino Jesus, a vaca e o burro. A ambição em cada uma das edições deste evento, não é ter mais figurantes, mais cenários ou mais visitantes mas proporcionar o encontro entre pessoas que sejam capazes de adotar o estilo de vida de Jesus – uma maneira de viver: pobre, simples, verdadeira, próxima das pessoas, dedicada, ousada, capaz de cumprir a justiça, buscar a verdade, estabelecer e forjar relações de fraternidade! Tudo isso é possível para quem busca uma comunhão de vida que saiba unir a experiência de Deus e a fadiga da história, as coisas do céu e a paixão pela terra. A missão realiza-se, transmitindo a todos esse “desejo de comunhão”, de forma autêntica, gratuita e fiel.

Naquela aldeia há uma viagem que se faz mais a andar por dentro, do que a caminhar por fora. Há rostos de gente que amassa a vida num grito de Natal, que só se ouve comendo silêncio, mastigando esperança e dando a comer sorrisos. É um grito que quer ouvir o grito das vozes caladas, para fazer a guerra dos não violentos, que se chama solidariedade e fraternidade… Foi para isso, que Deus nasceu, para ensinar cada um de nós a olhar para o outro não como um estrangeiro, mas como um irmão…

Diante das cores e dos cheiros o viajante vai habitando naquele pedaço de Natal, cheio de gente agarrada, apanhada, tomada, cativada, pelo Deus menino que nasceu em Belém. Trata-se de se deixar envolver por aquelas vidas com rosto de missão, onde todos se envolvem dando o melhor de si próprios para FAZER NATAL! Não como algo perdido no passado, nem como uma utopia do futuro que nunca virá. Fazer Natal é a gente misturar-se com outra gente dando o melhor que tem, sem nunca olhar para trás ou ficar pelas sobras do tempo que nunca tem…