O Pinhal do Rei foi sempre conotado com D. Dinis (1261-1325), sendo que a maior parte das pessoas julgam que foi este quem o plantou. Mas terá sido mesmo o Rei Lavrador?
Historiadores dizem que terá sido D. Afonso III (1210-1279), pai de D. Dinis, a proceder à sua plantação com o objetivo de proteger os campos agrícolas e o castelo.
Ao que parece, já existiria uma mata onde hoje é o Pinhal do Rei. Seria mais pequena e com outras espécies vegetais, mas lá estaria. São feitas referências a matas como a de Pataias desde os tempos de D. Afonso Henriques.
Argumenta-se, ainda hoje, que também não foi D. Afonso III a plantar o pinhal. Cartas régias asseguram que o autor foi D. Sancho II (1209-1248).
Contudo é de D. Dinis que se fala hoje em dia. Porquê? Bem, D. Dinis, apesar de não ter sido o semeador da mata original, mandou implementar o pinheiro bravo como sementeira principal. Aumentou, igualmente, a área do pinhal para o que é atualmente e iniciou o ordenamento e gestão da floresta no nosso país. A mata e a sua flora foram melhoradas significativamente devido a este monarca pelo que ficou intimamente ligado a esta floresta e à região.
Diz-se, também, que D. Dinis procedeu à sementeira do pinheiro bravo com vista a fornecer madeira para a construção de navios. Apesar de a madeira ter sido usada para a construção de caravelas, é improvável que D. Dinis tenha pensado nisso na altura, uma vez que a época dos descobrimentos chegou bastante mais tarde. O objetivo seria, mais uma vez, a proteção dos terrenos agrícolas das areias vindas da costa.
Os historiadores ainda não chegaram a uma conclusão sobre o verdadeiro criador da mata nacional de Leiria, mas é certo dizer que não foi D. Dinis e certamente não foi a partir do regaço da Rainha Santa Isabel que caiu o penisco dos pinheiros bravos da Gasconha como conta a lenda. De qualquer modo, temos muito a agradecer ao “Rei Lavrador” pela bela floresta que temos.
Referências:
http://pinhaldeleiria.alotspace.com
http://www.pinhal-de-leiria.pt.to/